Os cones pirométricos foram desenvolvidos pelo professor Hermann Seger, e adotados na indústria cerâmica desde 1886, com a finalidade de ter um bom controle de queima. Com o passar do tempo muitas técnicas de medição e regulação foram introduzidas na indústria cerâmica. Porém, os cones mantiveram sua importância até os nossos dias.
Os cones são fabricados com matérias-primas e materiais utilizados na indústria cerâmica, portanto estão sujeitos durante a queima, às mesmas condições físicas e químicas dos produtos. Colocando-se vários cones em posições diversas do forno, é possível apreciar a uniformidade da queima e estabelecermos um padrão para futuras queimas.
Muito se diz que os cones são o padrão para aferição do forno , mas na verdade devemos usar os cones como uma referência para queimas futuras, visto que o seu comportamento de fusão não é modificado. Para utilizar os cones como aferição de temperatura do forno, o ciclo de queima deve ser o mesmo indicado pelo fabricante do cone. Usando os cones de forma apropriada e respeitando a velocidade de aquecimento indicada pelo fabricante, podemos ter uma tolerância reduzida de erros normais de medições elétricas de temperatura.
Atualmente os cones nacionais possuem a temperatura de referência escrita , mas, os cones importados só tem o número e devemos consultar a tabela para descobrir a temperatura correspondente.
MONTAGEM – O cone deve ser montado em uma base que resista sem deformação às condições da queima. Levar em conta, sempre, que o cone vai deitar sobre a face que leva o número ou temperatura, devendo-se observar a inclinação de 82º própria do cone. Para uma melhor precisão devemos usar uma bateria com 3 cones (o primeiro anterior a temperatura desejada, o segundo da temperatura desejada e o terceiro um número acima da temperatura desejada).
-Deixar sempre uma distância de 5 cm entre a ponta do cone e a base da montagem e respeitar a inclinação de 82° da base do cone.
-Deve-se evitar o uso de bolotas de barro muito úmido como base de apoio, para não provocar uma montagem irregular, ocasionando erros na queda do cone.
-Em fornos a gás ou lenha, os cones não deverão ser colocados em contato com a chama direta, que pode provocar erros consideráveis na “leitura” de queda.
-O aquecimento inicial do forno não deverá ser rápido demais, pois pode provocar o inchaço dos cones devido ao material orgânico presente nele.
-Atmosferas muito redutoras também devem ser evitadas, pois podem provocar quedas irregulares.
-É considerado ponto final quando o cone se dobra e sua ponta encosta na superfície de apoio. Se a ponta ficar amassada, recomenda-se a utilização de um cone de número maior, para que a “leitura” se torne mais perfeita.
-Os cones vão indicar a temperatura naquele ponto onde são colocados, para um melhor mapeamento do forno recomenda-se a utilização em vários locais do forno.
Interpretação de resultados; após o final da queima , o cone guia ( cone referente a temperatura desejada) não pode estar totalmente derretido , ele estará inclinado cerca de 50° quanto mais ele passar desta inclinação mais a temperatura terá sido ultrapassada.
Por exemplo, nesta foto temos os mesmos cones queimados em diferentes fornos, em ambos os conjuntos de cones o 1° cone de 960°C caiu totalmente, o segundo cone de 1000°C em uma queima derreteu totalmente e no outro caiu porem não derreteu, já o terceiro cone de 1060°C caiu em um conjunto e na outra queima permaneceu quase de pé o que nos leva a deduzir que a temperatura foi de aproximadamente 1100°C em uma queima e entre 1000°C e 1030°C na outra.
As temperaturas aproximadas, em graus centígrados, dos pontos finais para os vários números de cones, são as seguintes :
gostaria de saber se vocês têm cones para queima de biscoito e esmaltação em baixa temperatura. obrigada
olá =) temos sim . cone 900 e 1000.C ,me chame no watts (11.25788739 Denise) que te oriento como escolher.
Excelente explicação, eu sentia falta dessas instruções. Isso ajuda e muito no momento da compra, obrigada por compartilhar